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Tire as suas dúvidas sobre a infecção pela superbactéria no São José, em Joinville

15/08/2014

 

Hospital garante que não há risco de contaminação para pacientes que procurarem pronto-socorro da unidade

Atualmente 13 pacientes internados no Hospital Municipal São José, em Joinville, estão infectados pela superbactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase). Leia a entrevista abaixo para saber se há riscos para os demais pacientes e para visitantes do hospital. Também entenda o que é a superbactéria.

Confira a entrevista:

A Notícia - Há risco de contaminação para quem procurar atendimento no pronto-socorro do São José?
São José - Dos 13 pacientes, nove estão em quartos de isolamento e quatro estão isolados na sala de emergência de apoio (a sala é dividida fisicamente em dois espaços, cada um com cinco leitos, sendo que uma das partes está isolada com esses quatro pacientes) que fica no pronto socorro, cuja entrada está identificada. Portanto, não há riscos aos demais pacientes, os mesmos devem apenas seguir as orientações dos profissionais e circularem somente nas áreas permitidas.

AN - É possível visitar em segurança um familiar ou amigo que esteja internado no hospital?
São José - A orientação é que seja restrita as visitas dos pacientes em isolamento como medida de prevenção. Os visitantes destes pacientes deverão seguir as orientações para higiene das mãos, uso de aventais de isolamento e máscaras, tudo de forma rigorosa, com o objetivo de prevenir infecções cruzadas.

AN - Como se forma uma superbactéria?
São José - As enterobactérias são microrganismos bastante conhecidos que, em geral, habitam os intestinos humanos e, eventualmente, podem causar infecção em pacientes suscetíveis. Podem ser suscetíveis as pessoas sob estresse metabólico, como pacientes de unidade de tratamento intensivo (UTI), pacientes com doenças crônicas debilitantes ou com feridas operatórias, usuários de medicamentos imunossupressores (como os corticoides e os usados para evitar rejeição de órgão transplantado) ou usuários de dispositivos invasivos como cateteres e sondas. As siglas KPC, OXA, IMP e NDM-1 não são, na verdade, "superbactérias", e representam os nomes dados às enzimas produzidas por alguns tipos de bactérias. São essas enzimas que conferem resistência do micro-organismo aos diferentes tipos de antibióticos existentes. Algumas delas podem ser transmitidas por contato, fundamentalmente, pelas mãos.

AN - A KPC oferece riscos para pessoas saudáveis?
São José - Desde que as pessoas saudáveis mantenham hábitos adequados de higiene pessoal, principalmente higiene das mãos, não há riscos, uma vez que o mecanismo de transmissão ocorre pelo contato direto com o paciente infectado.

AN - Como prevenir a contaminação pela superbactéria KPC?
São José - A principal medida de prevenção é simples e eficaz, principalmente pela higiene das mãos antes e após o contato com os pacientes.

Fonte: A Notícia