SUS deve receber vacina contra a dengue em 2017
30/03/2015
Por: Eduardo Athayde
eduardo.athayde@diariosp.com.br
O Instituto Butatan trabalha para desenvolver até 2017 a primeira vacina mundial contra os quatro tipos de dengue. O estado atravessa uma das piores epidemias da doença, com mais de 70 mortes e 100 mil pessoas infectadas pelo vírus causador da enfermidade, transmitido pelo mosquito Aedes aegypt. Na capital, são 4,4 mil casos e duas mortes.
Até agora, a vacina foi testada em 350 pessoas no Brasil e 600 nos Estados Unidos. O Instituto Butatan desenvolve a vacina em parceria com o NIH (National Institutes of Health), agência de saúde norte-americana.
As duas fases iniciais foram um sucesso, na avaliação dos pesquisadores, sem nenhuma contraindicação aguda e com índices de segurança entre 80% e 90%. A pesquisa começou em 2013.
O início da terceira rodada, a última do processo de desenvolvimento da medicação, aguarda autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A expectativa é que a liberação do órgão seja concedida até o fim do primeiro semestre.
Ao contrário das fases um e dois, que usaram nos testes adultos de 18 a 59 anos, a terceira fase vai abranger todas as faixas etárias, inclusive crianças e idosos, os dois maiores grupos de risco de contaminação pelo vírus transmissor da doença.
A classificação etária está dividida entre crianças (abaixo de 6 anos), jovens (de 7 a 17 anos), adultos (de 18 a 59 anos) e idosos (acima de 60 anos).
Na fase três, a expectativa dos cientistas é aplicar a vacina em 12 mil voluntários. Os interessados podem procurar o Instituto Butatan. É preciso estar saudável. Menores de idade necessitam de autorização.
Quando pronta, a vacina será disponível gratuitamente pelo SUS. “Toda vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, necessariamente, é disponibilizada ao SUS (Sistema Único de Saúde). Estamos muito confiantes de que, em breve, com a vacina pronta, os casos de dengue vão cair consideravelmente”, disse o diretor-substituto do Instituto Butatan, Marcelo de Franco.
Fonte:Diário de São Paulo
Imagem: Associação Mineira de Municípios