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Professores reclamam
03/08/2012
Professores reclamam
Duas das três entidades que representam os docentes das universidades e institutos federais, em greve há 80 dias, não aceitaram a proposta de reajuste salarial feita pelo governo para encerrar o movimento. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) decidiram fortalecer a paralisação, com o intuito de pressionar o Palácio do Planalto a retomar as negociações.
O governo interrompeu o diálogo com a categoria depois de a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) aceitar a proposta de aumento entre 25% e 40%, dependendo do cargo e da titulação. A presidente da Andes-SN, Marinalva Oliveira, e o coordenador-geral do Sinasefe, Gutemberg de Almeida, afirmam que a entidade não tem legitimidade nem representatividade para fechar o acordo.
"Nós queremos deixar claro que quem encerrou as negociações foi o governo. Estamos dispostos a continuar conversando. Foi uma intransigência. A decisão de romper foi tomada após uma negociação com uma entidade parceira deles, que não tem qualquer representatividade entre a categoria", afirmou Marinalva.
Legitimidade
A Proifes representa seis das 57 universidades federais que estão paradas. Desse total, somente duas manifestaram-se até o momento pela volta às aulas: a Federal de São Carlos (UFScar) e a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo o governo, o fato de a proposta ter sido aceita apenas por um grupo não enfraquece o acordo. "Não nos cabe medir a representatividade dos sindicatos. Para nós, todos têm legitimidade. Caso contrário, não estariam na mesa de negociações. Diante da impossibilidade de assinar com todos, fechamos acordo com o Proifes", afirmou Marco Antonio de Oliveira, secretário de Ensino Tecnológico do Ministério da Educação (MEC).
O Planalto garantiu que sustentará no Congresso o mesmo acordo assinado ontem. O Andes-SN e a Sinacefe, que não aderiram à proposta, podem fazer isso a qualquer momento, segundo Oliveira. A expectativa é de que haja normalização nas universidades progressivamente nas próximas semanas. O ensino superior federal brasileiro representa um universo de mais de 70 mil docentes ativos, quase 1 milhão de alunos e 100 mil técnicos administrativos.
Fonte: Correio Braziliense
Imagem: Tvcentrooeste.com