
Professores estaduais de SP param Avenida Paulista e entram em greve
20/04/2013
"Professores estaduais de SP param Avenida Paulista e entram em greve
Autor(es): Danielle Villela
O Estado de S. Paulo - 20/04/2013
Professores da rede estadual de São Paulo fecharam a Avenida Paulista na tarde de ontem e, em assembleia conduzida pela Apeoesp - principal sindicato da categoria no Estado decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. É a primeira vez que os docentes param nesta gestão do governador Geraldo Alckmin. Os professores começaram a se concentrar no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) por volta das 14 horas e chegaram a interromper a circulação de veículos de todas as faixas da Avenida Paulista. A Polícia Militar conseguiu primeiro desbloquear a pista no sentido Paraíso e, mais tarde, no Consolação. Guiados por um carro de som, os manifestantes saíram em passeata em direção à Praça da República, onde fica a Secretaria Estadual de Educação. De acordo com a Apeoesp, cerca de 20 mil pessoas participaram do ato a PM estimou em 5 mil. Para o professor Elisário Silva, que trabalha na capital, falta atenção do governo. "A categoria pede há tempos o que tem de direito. A educação é a base do País." Entre as reivindicações, estão reajuste salarial de 36,74%, mudanças no sistema de contratação da categoria de temporários (chamada de O) e cumprimento da jornada de trabalho de, no mínimo, 33% para atividades de formação e preparação de aulas - o governo entende que já cumpre esse porcentual. Adesão. A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebei, disse esperar que até 25% da categoria paralisem as atividades na segunda-feira. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, 10% dos docentes se ausentaram hoje - diariamente, a média é de 6% de faltas. "Nossa esperança é de que o governo apresente uma proposta. Hoje foi uma resposta ao reajuste apresentado pelo governador". A decisão da greve foi tomada na semana em que o Estado anunciou a ampliação do reajuste salarial deste ano, de 6% para 8,1%. Com o aumento, o reajuste escalonado até 2014 passará de 42,2% para 45,1%. A atualização veio para compensar a inflação do ano passado, de 5,84% (IPCA). Os sindicatos reclamam que a política levou em conta porcentuais de bonificação que já j eram pagos pelo governo. Em nota, a Secretaria de Educação afirmou que as reclamações da Apeoesp se pautam em uma "agenda político-partidária" Também ressaltou a política salarial e o atendimento da jornada. "Entre os principais objetivos da mobilização está a desconstrução do diálogo direto com a rede estadual", afirmou. / COLABOROU PAULO SALDADA Cronologia Últimas paralisações Só a reposição Greve de 22 dias motivada por alterações na contratação de docentes temporários terminou com acordo que garantiu só a reposição salarial dos dias de paralisação. Paralisação fracassada Após um mês de greve e uma semana depois de José Serra deixar o governo para concorrer à Presidência, docentes voltaram ao trabalho sem ter nenhuma reivindicação atendida pelo Estado."
Fonte: Estadao.com
Imagem: Imguol.com