![](/fmanager/gelson/noticias/t/imagem2359_2.jpg)
Perder filho aumenta em 133% risco de morte prematura de mãe
28/06/2012
Perder filho aumenta em 133% risco de morte prematura de mãe
Estudo com 69.224 mães durante nove anos sugere que risco aumentado de morte persiste por até dois anos após a perda
Nos dois primeiros anos após a morte de um filho, há um aumento de 133% no risco da mãe morrer. É o que sugere estudo conduzido na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. Intitulado "Maternal bereavement: the heightened mortality of mothers after the death of a child" (Luto materno: a mortalidade elevada de mães após a morte de uma criança - em tradução livre), a pesquisa foi publicada na edição atual da Economics and Human Biology.
Os pesquisadores William Evans e Javier Espinosa estudaram 69.224 mães com idade entre 20 a 50 durante nove anos, acompanhando a mortalidade dos filhos, mesmo após eles terem deixado a casa. Segundo os autores, este é o primeiro estudo do gênero baseado em uma grande e representativa fonte de dados nacionais dos Estados Unidos.
De acordo com os pesquisadores, a mortalidade materna elevada é concentrada nos dois primeiros anos após a morte de um filho, uma criança, independentemente da idade do mesmo. Também parece não haver nenhuma diferença com base na renda familiar, escolaridade da mãe, no tamanho da família, em relação ao sexo da criança, ou causa da morte.
A amostra foi composta de mulheres que casadas (84%), brancas (87%) e não-hispânicas (91%). Pouco mais da metade das mães estavam entre as idades de 20 e 34. Cerca de metade teve uma educação de ensino médio, e um terço tinha ingressado no ensino universitário, ou concluído o mesmo. Menos de 20% tinha menos que o ensino médio.
Estudos anteriores sobre luto dos pais realizados na Dinamarca reúnem evidências de que vivenciar a morte dos filhos aumenta risco de pais serem hospitalizados pela de primeira vez por transtorno psiquiátrico. Dados apontam que as mães estão em maior risco e que os efeitos são mais agudos durante o primeiro ano e significativamente elevados durante cinco anos ou mais.
Fonte: Vox-brasil.com
Imagem: Einstein.br