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Obesidade atinge quase metade da população

14/10/2012

Obesidade atinge quase metade da população

Samantha Catramby, 37 anos, agente de viagens, faz parte de uma família que está acima do peso. Apesar da genética, ela praticava esportes para manter o peso até entrar na rotina trabalho-estudo. Aos 24 anos, depois de perder a mãe, se consolou nos braços de uma “falsa amiga”: a comida. Até que chegou aos 120 quilos. No Dia Nacional de Alerta para o Risco da Obesidade, comemorado na última quinta-feira, o objetivo é chamar atenção para a patologia que já atinge 15,8% dos adultos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

A obesidade é considerada, ainda, um dos principais fatores de riscos para o aparecimento de doenças cardiovasculares e diabetes. Hábitos alimentares, que incentivam a sociedade para um consumo exagerado, aumentam o número de pessoas com excesso de peso. Atualmente, 48,1% sofrem com o sobrepeso, ou seja, quase metade da população brasileira. “O mundo tem uma oferta de alimentos calóricos e rápidos bem significativa. Nós vivemos no modelo cultural alimentar norte-americano, onde o fast food está presente em todos os lugares”, explicou o cirurgião bariátrico Walter França. Segundo o especialista, a quantidade de comida industrializada consumida pela população contribui para o ganho de peso. “Hoje se queima menos calorias e se ingere mais”, acrescentou. 

Ainda de acordo com dados do Ministério da Saúde, 15% da população mantêm atividades físicas e 32% consomem alimentos com elevado teor de gordura. A realidade é preocupante, também, nas crianças entre 5 e 9 anos de idade, já que a obesidade afeta 30% do grupo. “O percentual infantil é altíssimo. É preciso que as famílias tenham consciência e que as escolas trabalhem, cada vez mais, a questão da alimentação saudável”, disse Walter França.

O sobrepeso, quando evoluído para uma obesidade grau um, dois ou mórbida, já é considerado um problema de saúde pública. “Antes o tabagismo era a primeira causa de morte evitável no mundo. Hoje em dia, a obesidade já está ultrapassando”, comentou o médico. “É preciso que cada um tenha consciência do que está comendo, independentemente se é em casa ou em algum estabelecimento fast food. Tem sempre a opção da salada ou algo mais leve”, revelou ele.

BARIÁTRICA
Para alguns casos de obesidade, a solução é a cirurgia bariátrica, mais conhecida como cirurgia de redução de estômago. Essa foi a intervenção sofrida por Samantha, há três anos. Pesando 79 quilos, ela agora corre, pratica artes marciais e voltou surfar. “A cirurgia é um facilitador. Tem de cuidar do que se come, se policiar”, disse. Quem passou pela mesma situação foi o professor universitário Marco Aurélio Benevides de Pinho, 41. Em abril passado ele se operou com 122 quilos e agora já perdeu 46. “Eu tomei muito medicamento corticóide quando criança, e sempre fui gordinho. Durante uns 20 anos tentei de tudo para emagrecer, mas não teve jeito”, contou. Casado e com três filhos, a vida agora é bem mais saudável. “Tomava remédio para pressão alta, sentia dores nas articulações. Agora sinto e até a minha família fala, que tenho mais disposição”, acrescentou.

Fonte: Folhape.com

Imagem: Folhape.com