Marina defende educação de qualidade para ricos e para pobres, ‘em pé de igualdade’
23/09/2014
Candidada à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva defendeu hoje a adoção de políticas públicas que corrijam a remuneração do professor brasileiro, apóiem sua qualificação continuada e ajudem a resgatar a vocação para o magistério.
“Hoje, uma boa parte dos problemas que o Brasil enfrenta é a falta de uma visão estratégica para a educação brasileira, que nos possibilite ter uma educação que faça diferença na vida dos nossos jovens. Uma educação de qualidade para ricos e para pobres, em pé de igualdade”, afirmou. “Os professores precisam de formação continuada, os professores precisam ser valorizados simbólica e economicamente; os alunos precisam ser respeitados na suas demandas de aprender e os professores precisam, cada vez mais, ser trabalhados e aperfeiçoados”, frisou.
Na abertura da 5ª Assembleia Geral Eletiva da Associação Nacional de Educação Católica (Anec), Marina deixou claro que seu compromisso com a educação pauta, mas também transborda sua atividade política. “Um dos meus sonhos, para quando me aposentar, é cuidar da educação de jovens e adultos e devolver aquilo que eu recebi indo para a escola somente aos 16 anos”, contou, lembrando dos incentivos ao estudo que a conduziram da alfabetização tardia até o nível superior. “Eu tinha pressa em fazer um programa de aceleração do conhecimento. A escola, quando trabalha com princípios e valores, faz diferença”.
Diante de uma platéia de educadores e dirigentes de escolas com orientação católica, Marina apresentou as premissas que sustentam seu Programa de Governo na área da educação e discutiu temas específicos, como a execução dos principais programas em andamento – segundo ela, sua equipe avalia como expandir o atendimento do Pronatec, por exemplo, de forma que o aluno possa fazer sua opção tendo a garantia de um ensino de qualidade, seja no profissionalizante, seja no instrumental. Acompanhada pela educadora Neca Setubal, coordenadora do Programa de Governo, defendeu o aprofundamento da parceria com universidades e um diálogo mais estreito entre o setor público e privado.
“A educação de qualidade faz diferença na vida de um país, na vida de uma comunidade, na vida de uma pessoa, como fez na minha e de tantos outros que tiveram na educação a única fresta de oportunidade para poder ter uma janela para o mundo, reiterou. “Nossas crianças e nossos jovens não devem passar por frestas, devem passar por portas. Temos que valorizar o professor e respeitar o aluno, por isso defendemos uma educação integral”, disse a candidata.
Marina foi enfática ao eleger a educação como ferramenta para a redução das desigualdades, com um olhar especial para a realidade regional: em um país das proporções do Brasil, a política educacional tem de considerar as necessidades e desafios regionais, de modo a levar ensino de qualidade para todos, nivelando o acesso e o aprendizado por padrões mais elevados que os atuais. Segundo ela, a educação integral e em tempo integral, assim como a educação na idade certa, são compromissos inarredáveis de um governo seu.
Fonte: www.marinasilva.org.br