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Invasão na Saúde

30/06/2012

Invasão na Saúde

Cerca de 200 manifestantes invadiram, ontem, o segundo andar do prédio da Fundação Nacional de Saúde(Funasa), onde fica o gabinete da diretoria da instituição, para forçar o governo a aprovar a proposta de reajuste da tabela de cargos e salários dos servidores do Ministério da Saúde. A ocupação tem o propósito também de impedir que os funcionários do gabinete trabalhem. Os piqueteiros querem interromper a transferência de recursos do ministério para as prefeituras, que só pode ser feita, segundo a Lei Eleitoral, até 7 de julho. O movimento de paralisação completa 13 dias hoje e está sendo considerado a mais consistente realizada desde 1993, quando foi ocupado o gabinete da então ministra do Planejamento do governo Itamar Franco, Yeda Crusius. Os grevistas pretendem permanecer na Funasa durante todo o fim de semana e na próxima semana. O secretário-geral do Sindicato dos Servidores do Distrito Federal (Sindsep-DF), Oton Pereira, disse que foi montado um sistema de revezamento para que a ocupação não seja esvaziada. Os manifestantes questionam a demora do governo em atender as reivindicações da categoria, entre elas, a realização de concurso público. Eles querem que sejam substituídos os terceirizados e os consultores contratados por meio de organismos internacionais. As despesas com a contratação dos consultores, segundo Cesar Henrique Leite, diretor do Sindsep-DF, são maiores que o gasto com a correção dos salários dos concursados, medida que evitaria o êxodo de profissionais do ministério para outros órgãos que pagam mais. Embromação Integrante do comando de greve, Gilson Carioca disse que a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, desqualificou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao desconhecer que o colega aprova aumento de salários para os funcionários de sua pasta. "O governo está querendo desmobilizar o movimento sindical", disse. No acordo firmado em 2011, os servidores garantiram correção da tabela de vencimentos em R$ 211 para o nível médio e de R$ 1.025, para nível superior. O aumento será recebido a partir do mês que vem, com defasagem que deixam os sindicalistas irritados. "A metodologia de negociação do governo tem sido de enrolação, embromação e desconsideração", afirmou Carioca.

Fonte: Correio Braziliense

Imagem: Coren.rn.gov