Horário de verão vai gerar uma economia de R$ 280 milhões
17/10/2012
Horário de verão vai gerar uma economia de R$ 280 milhões
O Operador Nacional do Sistema (ONS) espera uma redução da carga principalmente no horário de pico
Fernanda Nunes - Agência Estado
RIO DE JANEIRO - O horário de verão, que começa a zero hora do dia 21, irá gerar uma economia maior neste ano do que em 2011. Serão R$ 280 milhões, ante os R$ 130 milhões registrados no ano anterior. O Operador Nacional do Sistema (ONS) espera uma redução da carga principalmente no horário de pico, de maior consumo, que, atualmente, está sendo abastecido com o reforço de usinas térmicas a gás além do volume tradicional. O horário de verão vai até 17 de fevereiro de 2013.
Se por um lado, o horário de verão significa economia na conta de luz, ao longo do ano o bolso do consumidor vem sendo onerado pela energia térmica que consome, mais cara do que a hidrelétrica. A previsão do ONS é que serão gastos com a geração térmica no País, neste ano, mais do que o R$ 1,4 bilhão de 2011. Desta vez, além de acionar um número maior de térmicas a gás por mais vezes, para compensar a queda da produção hidrelétrica em um período de seca, o preço da energia térmica também está mais caro. E a situação dos reservatórios piorou nos últimos 15 dias, informou o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. O cenário é mais crítico na região Nordeste, onde o nível do reservatório está em 38,1%, próximo ao limite de 33%.
Atualmente, o nível médio dos reservatórios no País está na casa dos 40%, patamar inferior ao dos últimos quatro anos. No Sul, 39,4% dos reservatórios estão cheios; no Sudeste, o nível é de 42,5%; e no Norte, de 47,2%. A posição de Chipp, no entanto, é de otimismo diante da chegada do período de chuva, neste fim de ano. "Independentemente de chover, haverá economia com o horário de verão", afirmou Chipp.
Neste ano, a Bahia não participará do horário de verão, entretanto Tocantins será incluído. Em entrevista, Chipp afirmou ainda que as recentes interrupções no fornecimento de energia na subestação de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Imperatriz, no Nordeste, ocorreram por falha no sistema de proteção dos equipamentos e não por sobrecarga da rede. Segundo ele, estão sendo realizadas avaliações do sistema, sendo que nos pontos considerados mais estratégicos as análises ocorrem num período mais curto de tempo.
Fonte: Estadao.com
Imagem: Jornaldaenergia.com