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Greve das federais suspende matrículas do Sisu

30/06/2012

Greve das federais suspende matrículas do Sisu

O sindicato dos técnicos decidiu pelo boicote, que atinge 48 instituições; prazo para inscrição termina no dia 9

30 de junho de 2012 | 3h 01

PAULO SALDAÑA - O Estado de S.Paulo

A greve nas instituições federais de ensino, que já dura mais de 40 dias, atinge agora os estudantes aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As matrículas, cujo prazo começou ontem, foram canceladas pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). A entidade representa os servidores técnicos das universidades e institutos. A suspensão atinge 48 instituições. 

São os técnicos que, em geral, realizam os processos de matrícula. Os servidores aderiram no último dia 11 à greve iniciada pelos professores em 17 de maio.

O prazo de matrícula vai até o dia 9 de julho, de acordo com o novo cronograma divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) na segunda-feira passada. Por causa da greve, a pasta deu mais sete dias para os alunos efetuarem as inscrições nas instituições - antes, o prazo acabaria no dia 2 de julho. O MEC recomenda que os estudantes procurem informações sobre pré-matrícula pela internet e a entrega de documentos pelo correio.

Mesmo com a ordem da central sindical, a situação era diferente em cada instituição. A Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Instituto Federal de Educação do Ceará (IFCE), por exemplo, já haviam suspendido as matrículas na manhã de ontem. Poucos candidatos compareceram aos câmpus.

A UFC e o IFCE estão entre as que mais oferecem vagas nesse processo seletivo: 1.637 e 1.225, respectivamente. Em nota, a pró-reitoria de graduação informou que os estudantes selecionados poderiam ficar tranquilos, pois as vagas estão garantidas.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem a maior oferta de vagas do Sisu do meio do ano (3.659), não houve problemas. A instituição adota desde o ano passado um sistema de pré-matrícula pela internet. A entrega dos documentos ocorrerá mais para frente. Nas Universidade Federais de Ouro Preto e Fluminense, os procedimentos foram normais.

Negociação. Segundo a Fasubra, o boicote à matrícula foi decido após "várias tentativas de negociação com o governo, sem sucesso". Em nota publicada no site, o sindicato afirmou que ficará "com as matrículas e as demais atividades paralisadas por tempo indeterminado, até o governo abrir uma mesa de negociação com a categoria".

As negociações com os grevistas estão sendo tocada pelo Ministério do Planejamento, que tem a responsabilidade de apresentar uma proposta de plano de carreira - principal reivindicação dos grevistas. Havia uma reunião marcada para o dia 19 entre o ministério e os sindicatos, mas a pasta desmarcou o encontro e não há previsão para nova data.

O Estado apurou que integrantes do Ministério do Planejamento entendem que o governo ainda têm tempo. A avaliação é que a greve ficará esfriada neste mês por conta das férias de meio de ano. / COLABORARAM HELOISA ARUTH STURM, MARCELO PORTELA e LAURIBERTO BRAGA

Fonte: Estadao.com

Imagem: Crato.org