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Entenda por que a glicose elevada interfere na saúde dos pés e saiba como evitar
04/07/2012
Entenda por que a glicose elevada interfere na saúde dos pés e saiba como evitar
Dados do último levantamento do Ministério da Saúde apontam: o Rio de Janeiro é a quarta capital do país com a maior prevalência de diabetes: 6,2% da população sofrem com a doença. Quando não controlado, o problema crônico pode ter complicações, como o chamado pé diabético.
- O organismo do paciente sofre uma série de alterações. Os nervos dos pés vão se destruindo e pequenos vasos sanguíneos são lesionados, dificultando a circulação e a chegada de células de defesa na região - explica o médico Jackson Caiafa, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Sem a defesa adequada, qualquer machucado pode se tornar uma úlcera que não cicatriza. Quando a infecção toma todo o pé, a alternativa passa a ser a retirada do membro.
- No Rio são feitas cerca de mil amputações altas (perna e coxa) por complicações do diabetes ao ano. Quase 25% morrem antes da alta - afirma o cirurgião.
A realidade se reflete nos atendimentos da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). Cerca de 90% dos pacientes que procuram próteses de perna foram vítimas do diabetes. Para evitar as amputações, a entidade fornece palmilhas e calçados especiais.
- Eles são feitos sob medida e ajudam a evitar o atrito e o aparecimento de feridas - afirma o fisiatra da ABBR Leonardo Grandi.
Onde conseguir atendimento
Palmilhas e sapatos
A Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) fornece palmilhas e sapatos adaptados para pacientes diabéticos. Para ter acesso ao serviço, basta procurar a unidade, de 8h às 17h, com encaminhamento de um médico do SUS. Os produtos são gratuitos.
Consulta com fisiatra
Quem não tem encaminhamento, pode procurar diretamente a ABBR, na Rua Jardim Botânico 660, Jardim Botânico. O paciente será encaminhado para um fisiatra, que fará uma avaliação. Nesse caso, porém, as palmilhas e sapatos não são gratuitos.
Dez coisas que você precisa saber sobre o pé diabético
1) Os principais sintomas do pé diabético são formigamentos, perda da sensibilidade, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência e fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite.
2) Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem devem passar, regularmente, por uma avaliação médica dos pés.
3) Em casa, examine os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Verifique a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa.
4) É preciso manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele.
5) Mantenha a pele hidratada, mas evite passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas.
6) Use meias sem costura. O tecido deve ser algodão ou lã. Evitar sintéticos, como nylon.
7) Antes de cortar as unhas, lave e seque bem os pés. Use um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula.
8) O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos. É melhor conversar com o médico sobre a possível causa do aparecimento dos calos.
9) Mantenha os pés sempre protegidos. Inclusive na praia e na piscina.
10) Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.
(fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia)
Fonte: Extra.globo.com
Imagem: Flordoseusorriso.blogspot.com.br