Enfermagem da rede municipal de saúde de Teresina paralisam atividades
17/03/2013
"Enfermagem da rede municipal de saúde de Teresina paralisam atividades
domingo, 17 de março de 2013 • 11:17
Os enfermeiros e técnicos de enfermagem da rede municipal de saúde vão paralisar as atividades durante três dias, em todos os hospitais e postos de saúde (PSF) da capital. A paralisação que vem com indicativo de greve geral, começa nesta segunda-feira (18) e segue até a quarta-feira (20). Somente as UTIs, centros cirúrgicos, emergências e UTIs infantil funcionarão normalmente.
O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (SENATEPI) marcaram pelas redes sociais manifestações em frente a Prefeitura, ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN), para a manhã desta segunda-feira (18). Segundo o Sindicato um médico neurocirurgião do HUT chaga a receber em um mês R$90 mil.
“Não questionamos o salário dos médicos, mas é uma diferença muito grande se compararmos com o que o profissional de enfermagem está ganhando. Um neurocirurgião chega a receber R$ 90 mil em um mês no HUT. Onde está o Ministério Público, que não vê isso? Quando são os médicos que paralisam, logo o prefeito chama pra conversar. O que queremos é sentar com o prefeito e tentar um acordo”, reclama Eduardo Maia.
Segundo o diretor-tesoureiro do Senatepi, Eduardo Maia, o objetivo da paralisação é conseguir junto à Prefeitura o reajuste da data base de maio, começar a definir o Plano de Cargos e Salários para a categoria, e mais as gratificações do PSF que estão "congeladas" há 8 anos.
“Nós vamos paralisar as atividades e manter funcionando o que é assegurado por lei, que são 30% dos funcionários trabalhando. Conversamos com o Dr. Aderivaldo (presidente da Fundação Hospitalar de Teresina) que mostrou boa vontade em tentar solucionar, mas não depende só dele. O prefeito até agora não se manifestou, não deu nenhum posicionamento. Queremos somente assegurar nossos direitos. Em Alagoas, hoje estado mais pobre do país, um técnico de enfermagem ganha R$800,00 e aqui no Piauí ganhamos menos de um salário mínimo, R$ 578,00”, expõe Eduardo Maia.
A assessoria da Fundação Hospitalar de Teresina (FHT) disse que estão tentando chegar a um consenso com a classe e que a paralisação é um direito dos profissionais. “A classe tem direito de reivindicar. Todas as negociações tem que acontecer por meio da Secretaria de Administração da Prefeitura (SEMA), principalmente essa questão de reajuste salarial que está ligada ao orçamento da Prefeitura”, informa Luci Lima Duarte, assessora da FHT."
Fonte: Portalaz.com.br
Imagem: 7cidades.com.br