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Cientistas apostam na medicina regenerativa

21/07/2012

Cientistas apostam na medicina regenerativa

São Paulo (AG) - Milhares de pessoas morrem todo ano aguardando sua vez na fila do transplante de órgãos. Embora o número de cirurgias no Brasil tenha aumentado - foram 23.397 em 2011, segundo o Ministério da Saúde -, a lista de espera continua crescendo. Uma estrutura mais eficiente de doação pode ajudar a amenizar o problema, mas a solução que alguns cientistas buscam é bem mais radical: a medicina regenerativa. Que tal imprimir um órgão novo quando o antigo falhar?

Um dos mais proeminentes desses cientistas, Anthony Atala, diretor do Instituto Wake Forest de Medicina Regenerativa, prevê assim o futuro: "Haverá uma variedade de tratamentos da medicina regenerativa - cura comterapias celulares, órgãos criados em laboratório para reposição, tratamentos que promovem a regeneração de dentro do próprio corpo - que os médicos serão capazes de aplicar dependendo de cada caso. Se um paciente necessitar de um novo órgão, por exemplo, o cirurgião provavelmente vai pegar uma pequena biópsia e enviá-la para um centro regional, que ficará encarregado de cultivar as células apropriadas para o desenvolvimento de um novo órgão".

Apesar da ressalva de Atala, de que há ainda um caminho longo até o fim da fila de espera por órgãos, suas pesquisas já geraram resultados promissores. Uma das possibilidades da engenharia tecidual é a substituição de órgãos e tecidos doentes ou danificados por meio da bioimpressão de órgãos e tecidos e da biofabricação.

O cirurgião e sua equipe foram os primeiros a desenvolver uma bexiga criada em laboratório, implantada em um ser humano em 1999. Aos 10 anos, Luke Masella sofria de espinha bífida, um defeito de nascença que paralisou sua bexiga. Depois de 16 intervenções cirúrgicas, ele seguia com problemas nos rins e já tinha perdido 25% de sua massa corporal. Foi quando seus pais aceitaram uma abordagem diferente.

Fonte: Correio da Paraíba

Imagem: Grupo Allan Karedec