Brasil deve fazer parte de centro líder da pesquisa
05/07/2012
Brasil deve fazer parte de centro líder da pesquisa
Governo já aprovou documento que dá andamento à entrada do país no Cern Participação brasileira, no entanto, ainda depende de acordo entre os países, que passará pela Câmara
A adesão oficial do país ao maior centro de física de partículas do mundo, o Cern ("dono" do LHC), está um passo mais próxima. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, já aprovou o envio de um documento que dá andamento às tratativas para a entrada brasileira no consórcio.
"Demos um passo importante para que o Brasil seja um país protagonista das grandes descobertas científicas", diz Raupp.
"Essa ação também terá como consequência mobilizar a indústria para participar dos avanços tecnológicos significativos que são gerados na interação com o Cern."
As negociações começaram ainda no final do governo Lula, em 2010, mas pararam no ano passado por conta da crise econômica. Agora, voltaram a progredir.
Assim que o conselho do Cern (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) receber o relatório -que aborda as qualidades técnicas e científicas nacionais-, irá nomear uma comissão para verificar pessoalmente as instalações nacionais de pesquisa.
Uma vez que o Brasil seja aceito como membro pelo Cern, um acordo a ser assinado entre as partes ainda precisará ser aprovado pelo Congresso para entrar definitivamente em vigor.
Mas os físicos brasileiros já se animam com a perspectiva de fazer parte de maneira mais ativa da nova aventura do conhecimento que o LHC irá propiciar no futuro.
Pesquisadores brasileiros já fazem pesquisa em parceria com o Cern. O Instituto de Física Teórica da Unesp, por exemplo, costuma enviar cientistas a Genebra.
Mas o acordo entre Brasil e Cern permitirá, por exemplo, que o país opine ativamente sobre o andamento dos trabalhos no LHC. (SALVADOR NOGUEIRA)
Fonte: Folha.com
Imagem: Diariodonordeste.com